Olá,
Estamos de volta para continuar a falar sobre as noticias da banda-larga no Brasil e o mundo.
Hoje vamos reproduzir, na integra, uma reportagem publicada no portal Exame.com.br (https://exame.abril.com.br/tecnologia/alfabetizacao-digital-segura-avanco-do-acesso-a-internet-no-brasil/) elaborada pelo jornalista Lucas Agrela, que trata do analfabetismo digital no Brasil, ou seja, somos "ignorantes" nesta matéria de saber usar os recursos da internet, mas também sabemos que muito se deve ao preço eexorbitante deste serviço aqui no país, sem falar na qualidade.
Se tiver um tempinho, leia a matéria até o final aqui no nosso blog ou vá direto ao site do portal exame.com.br analfabetismodigital-exame.com.br
Grande abraço,
Luciano Malpelli
KD A BANDA-LARGA?
Analfabetismo digital segura avanço do acesso à internet no Brasil
Infraestrutura e preparo para uso da internet travam avanço do Brasil em relação à Suécia, líder do ranking da The Economist - Por Lucas Agrela - Publicado em 26 fev 2019.
São Paulo – Apesar de o Brasil ter uma guerra de operadoras que tornam os serviços de internet cada vez mais fáceis de acessar, o país ainda tem seu avanço travado pelo nível de preparo e educação digital. É o que indica o relatório anual “The Inclusive Internet Index 2019”, elaborado pela revista britânica The Economist e patrocinado pelo Facebook. Seu objetivo é avaliar a qual ponto a internet contribui positivamente para melhorar fatores socioeconômicos em nível global.
O Brasil aparece na 31ª posição no ranking geral de 100 países, que avalia preparo, facilidade de acesso, disponibilidade e relevância da internet em nível global. Na comparação ano a ano, realizada com 84 países, o Brasil ficou com a 29ª colocação, subindo três posições.
O quesito de preparo abrange três categorias: alfabetização, confiança e segurança no uso da internet e políticas de incentivo do uso da web. Nesses pontos, o país ficou, respectivamente, nas posições 66ª, 21ª e 50ª.
Na América do Sul, o Brasil fica apenas atrás do Chile, que caiu no ranking para a 16ª posição geral e que ficou como segundo colocado em termos de preparo e educação digital. Em contraste com o Brasil, analisando esse item do estudo, o Chile ficou com a 28ª posição em alfabetização, 11ª em confiança e segurança e 1ª em políticas.
Em termos de preço, o Brasil ficou com a 57ª colocação, enquanto o Chile conquistou a 35ª. Isso acontece em um ambiente de competitividade de operadoras em nível simular (9ª e 7ª, respectivamente). As tarifas de planos pré e pós-pagos são mais caras no Brasil, bem como o custo de dispositivos móveis. Em internet banda larga, os países aparecem empatados na 46ª posição do ranking.
Um dos principais pontos do estudo em que o Brasil está mais perto da primeira colocada Suécia é a relevância, que abrange a quantidade e a qualidade do conteúdo online disponível. O que puxa o Brasil para a 18ª posição (a Suécia está em 3ª) são os serviços digitais prestados por bancos e pelo setor de saúde, bem como pela oferta e uso da internet para fins de entretenimento. Enquanto os países empatam na quantidade de conteúdo online, a qualidade ainda está distante: a internet brasileira está em 33ª colocação, enquanto a líder está na 3ª.
Infraestrutura
O Brasil também fica longe do topo em razão da qualidade da infraestrutura e nível de uso da internet, ficando 42 posições abaixo da Suécia. Enquanto a média de velocidade de download no Brasil é de 20,6 Mbps, a primeira colocada obteve 79,8 Mbps. Na rede celular, os números mudam para 15 Mbps e 39,4 Mbps.
Apesar de ter menor nível de uso de internet em relação à sua população, o Brasil vence a Suécia em termos de igualdade de gênero online. Na internet fixa, ficamos em 6º lugar, o país europeu ficou em 25º. Na rede móvel, a diferença é menor. As colocações são 6ª e 14ª, respectivamente.
Informação vinda das redes sociais
Uma das posições mais altas alcançadas pelo Brasil no ranking da The Economist foi o nível de confiança em informações compartilhadas em redes sociais. Enquanto ficamos em 4º lugar nesse quesito, a Suécia tem uma população mais desconfiada e ficou em 62º lugar.
Considerações globais
O estudo conta também com considerações globais sobre a internet. A The Economist destaca o crescimento lento nas conexões e na cobertura de rede 4G ao longo do ano de 2018. Por outro lado, a predominância masculina online diminuiu com a maior participação das mulheres.
Ainda assim, em 84% dos países analisados, os homens têm mais acesso à rede. Quem lidera a redução dessa diferença são os países de renda baixa ou intermediária. Em países com alta renda, há 4,3% mais homens usando a internet do que mulheres. No ano passado, o número era de 3,5%.
Um fato marcante do estudo deste ano foi a desaceleração no avanço das conexões de internet em países de baixa renda, que cresceram 1%, em contraste com crescimento de 65% no ano anterior. A lentidão também afetou o crescimento de conexões domésticas, que avançaram 3% no período do estudo deste ano, uma queda em relação ao relatório de 2018, quando era de 8%.
(FONTE: https://exame.abril.com.br/tecnologia/alfabetizacao-digital-segura-avanco-do-acesso-a-internet-no-brasil/) 10/06/2019 - 10:28hs.
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