Olá,
Matéria publicada no dia 30-05-12 no portal de Noticias do UOL, dá dicas sobre nossos direitos e deveres e ainda comenta sobre as ofertas de pacotes como os "Combos".
Boa leitura!
KD A BANDA-LARGA?
Luciano Malpelli
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Por Ana
Ikeda - Do
UOL, em São Paulo
Com
uma profusão de ofertas e novas empresas chegando ao mercado de banda larga
fixa, os consumidores ganharam mais opções e descontos na hora de contratar
planos de internet para uso em casa. Para saber o que você deve levar em
consideração ao contratar o serviço, o UOL Tecnologia mostra a seguir algumas
dicas básicas e se a compra de “combos” (oferta que combina internet a outros
serviços de telecomunicações) é vantajosa:
Obs.:
Preços podem variar conforme a localidade.
Seus direitos (e deveres)
A
Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) estabeleceu em outubro de 2011
que prestadoras com mais de 50 mil acessos devem cumprir metas de qualidade na
entrega do serviço de internet fixa. Depois do período de adaptação, essas
regras passam a valer em novembro deste ano.
Com
as regras, a “garantia de no mínimo de 10% da velocidade contratada”, presente
em contratos, fica totalmente descartada. Será medida a velocidade instantânea,
que não pode ser menor que 20% da velocidade máxima contratada. Essa meta
aumenta gradualmente para 30% (em 2013) e 40% (a partir de 2014). Já a
velocidade média deverá ser de 60% a partir de novembro, 70% (2013) e 80% (a
partir de 2014).
Essas
operadoras devem ainda manter em seus sites softwares gratuitos que
possibilitem ao consumidor medir a velocidade de internet fixa utilizada.
Fátima
Lemos, do Procon-SP, lembra ainda que os contratos firmados com a operadora não
podem ter cláusula de fidelidade ou multa. “O consumidor tem direito a navegar
na internet na velocidade ofertada e, em caso de descumprimento, deve reclamar
junto à empresa. Se optar por cancelar o serviço, a empresa deve cumprir isso
em até 24 horas feito o pedido”, completa.
No
caso de compra de serviços em “combo”, Fátima explica que o consumidor deve ler
atentamente o contrato e verificar as regras estabelecidas pela empresa para a
oferta, para “não ter surpresas” ao cancelar um serviço dentro do pacote. “A
empresa deve fazer o abatimento proporcional no preço total”, diz.
Febre dos combos
A
profusão de ofertas de pacotes de serviços por um número maior de operadoras
deve aumentar ainda mais. Em março deste ano, a Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) aprovou o regulamento da nova lei da TV por assinatura, que
abriu o mercado para a atuação de empresas estrangeiras. Com isso, algumas
operadoras de telefonia passaram a poder oferecer esse serviço.
*Preços
promocionais pesquisados em 29.mai.2012 para São Paulo (SP) e Rio de Janeiro
(RJ), excluída a taxa de instalação "Antes, só quem tinha televisão por
assinatura era a NET. Agora todas elas passaram a ter opções para vender o
serviço com a nova lei”, explica Eduardo Tude, presidente da consultoria
Teleco.
Atualmente,
Claro/NET/Embratel, GVT e Vivo possuem esse tipo de “combo” mais completo, mas
é preciso ficar atento se há oferta na localidade onde você reside. A Oi oferta
100% de desconto na taxa de adesão na TV por assinatura para quem já é cliente
de telefonia fixa, mas ainda não tem pacotes combinando vários serviços. A TIM
ainda deve lançar seu serviço de fibra óptica neste ano e, recentemente,
anunciou uma parceria com a Sky, mas as empresas ainda não ofertam pacotes em
conjunto.
A
expectativa é que consumidores da “nova classe média” se beneficiem com essas
ofertas combinadas. “Há um crescimento de renda forte e um grande número de
consumidores ganhando poder de compra. São pessoas que pensam em contratar
internet porque é importante para a educação dos filhos e buscam também mais
entretenimento”, explica Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da
NET. A empresa, uma das pioneiras na
venda dos “combos”, tem um pacote de R$ 49,90 que tem como foco esse público.
Concorrente
da NET no Estado de São Paulo, a Vivo aposta nos descontos na banda larga móvel
para fidelizar clientes, frente a tantas ofertas combinadas que “pipocam” no
mercado, que ganham desconto de 50% no 3G ao contratarem internet fixa da
empresa.
Apesar
de preços e combos serem importantes, diz Márcio Fabbris, diretor de marketing
de serviços residenciais, eles não são suficientes para “segurar” clientes.
“Combos são importantes, mas ainda acreditamos na qualidade. Nosso cliente vai
escolher cada produto independente do preço, mas sim porque a rede celular é
boa, a cobertura 3G funciona em todo o Brasil, o telefone fixo funciona mesmo
quando não há energia elétrica”, define Márcio Fabbris, diretor de marketing de
serviços residenciais.
Apesar
da conta final na contratação do pacote ser mais barata em relação à
contratação de todos os serviços separadamente, o consumidor, prossegue Fátima,
pode acabar pagando uma conta mais alta por serviços desinteressantes. “A
internet em geral é o chamariz do combo, mas pode ser que o plano de telefone
fixo ou TV por assinatura não corresponda ao perfil do consumidor”, diz.
Eduardo
Tude, presidente da consultoria Teleco, aconselha o consumidor a pôr na ponta
do lápis os preços. “Quem quer comprar um pacote precisa fazer a conta de
quanto custaria, independente, cada serviço oferecido.”
Vale
lembrar que a venda casada é proibida: o consumidor tem o direito de comprar os
serviços separadamente, com preços justos (o valor cobrado por unidade não deve
ser maior que o do pacote).
Na
dúvida, se você está satisfeito com seu fornecedor de celular, telefonia fixa
ou TV por assinatura, mantenha os serviços e contrate a internet banda larga
separadamente. Leve os combos em consideração quando já não estiver contente
com a qualidade do serviço prestado -- e não apenas com o preço cobrado.
Afinal, promoções vêm e vão.
FIM.